terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Provérbio de botequim

Minha alma está sempre assim,quando não está no mais alto degrau da felicidade,está na mais baixa escala da profunda tristeza...
Queria poder ser equilibrada,como alguém me pediu um dia,mais impossível pra mim.
Estou sempre vagando num êxtase de vazio e medo,numa camada gelada de emoção escura,sombria...
Não sei quem eu sou,nem o que quero.
Sinto que sou uma sombra pesada embalando vidas que podiam ser felizes...Ou eu mesma sou coberta por essa sombra numa consumição pecadora!
O meu mundo poderia ser diferente se tudo fosse descoberto dentro de mim,se esse manto negro que insiste em estar sempre cobrindo minha alma,se esvair-se de uma vez,acabaria com tanta dor...
Ser poeta nessa hora pesa,é sofrido,é doído...
A alma sofre com tantos sinais de se estar perdida,num labirinto cruzado,onde não há saída,ou se há,é uma saída torta,pequena,sem vida.
Sim,eu sou assim...Um sentimento solitário perdido dentro de mim,um deserto sem água,e ao mesmo tempo uma floresta densa de vida!
Afinal,quem há de me entender?
Quem sofre os mesmos prantos?
Quem de nós sabe existir de verdade?

Minha sensação de paz sempre acaba no fim de cada sorriso...Nunca saberei se esse seria o último sorriso,o último suspiro de alegria...Não,nunca saberei...
Declaro o fim de uma total harmonia...Declaro o fim de tanta confiança nas almas próximas a minha...
Declaro o fim de um começo que nunca chegou até o fim...

Sim,esta sou eu...uma pessoa cheia de reticências,uma poesia cheia de indagações,um provérbio a ser declamado em uma mesa de botequim...

By Enise

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