segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ando meio cansada de tentar entender algumas situações que me causam sentimentos confusos...
Penso que quando estamos sós, não queremos ficar mais sós, tentamos entrar numa espécie de conturbadas emoções, que podem nos levar a uma situação avessa ao que queremos. Para esclarecer, o fato é que se queremos encontrar alguém, paralelo a essa espera, queremos também encontrar o verdadeiro sentimento, o verdadeiro amor. Mas esse amor não chega assim como se chega num ponto em seu destino, ele pode chegar quando pensamos que não queremos, quando não estamos preparados. Ou pode se acomodar em seu mundo de uma maneira que ninguém se atreva a contrariar...Sentimentos conturbados não são amor, nem paixão, são apenas sentimentos estranhamente infiltrados em nossa alma. Quando reconheceremos o amor? Quando o saberemos? Penso que esse será um momento único, no qual a alma se encantará prontamente, elas se reconhecerão, se abraçarão, dançarão num ritmo acelerado e ao mesmo tempo numa paz tão infinita que nada, nem ninguém poderá se impor. Será uma luz tão intensa nos olhares, tão ofuscante nas outras aventuras, que os corpos se encontrarão numa pura sincronia, numa harmonia perfeita!
Dizer que se ama precisa saber, precisa reconhecer que se está vivendo a grande herança da vida, a perfeita roda da sua significância, onde se quer possa ter dúvidas, onde quando ao passar a estação das flores, ainda  restará a flor, em que a cobrança sobre qualquer aspecto, não exista. Amor é o sentimento no qual não pode haver imperfeição, não se pode ter o direito de errar, ele é apenas pureza, nada de maledicências...
Portanto, amar é cantar na chuva sem se importar com as peculiaridades que possa se impor, é ter a força de existir para o ser amado sem cobrar a perfeição dele, é um bem querer eterno, é não querer prender...
Temos esse sentimento guardado em nossas entranhas, temos ele em nossas mentes, o sabemos e o queremos, além de tudo o que possa ser avesso a ele!
Então ame, ame muito! Não custa nada e te levará ao infinito numa viagem serena, sem hora pra voltar!!

        By Enise F.G.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Experiência de quase morte


Quando fiquei grávida pela primeira vez, eu tinha apenas 22 anos.Era solteira,ingênua,imatura...Eu nem sabia como faria para cuidar de um bebê sozinha,mas tive a coragem que toda a mãe de verdade tem,ao perceber que existe uma vida dentro do seu ventre.Lutei contra tudo e todos para permanecer grávida.Digamos que a morte do meu bebê naquele momento poderia poupar a vida do meu pai.Fui torturada sim,até sangrar,literalmente...Não vem ao caso agora dizer quem foi meu carrasco.
Bom...Fugi,me escondi,tive vontade de me encolher e virar um feto junto com meu feto.Tive um anjo em minha vida naquele momento difícil,um anjo em forma de irmã,Lidia Mara Ferreira Gonçalves é o nome dela.Foi ela que me apoiou,me deu abrigo,me deu ânimo para continuar,me trouxe palavras de conforto...Recebi também o apoio da minha cunhada Rocio Rodi,através de cartas lindas,com palavras suaves e animadoras.E foi com toda essa força que deixei meu filho vir ao mundo sem interrupções.Minha gravidez foi tranquila,após a tempestade passar,tive ajuda até daquele que no início poderia "morrer",com a notícia,mas que depois foi o tutor daquele que poderia nem ter nascido para poupar sua "vida".Meu pai,um homem bom,justo,que jamais  deixaria de ajudar quem quer que seja.
A minha experiência de quase morte,foi exatamente no nascimento do meu filho Renan Augusto.Tive um parto complicado,horas de dor e sofrimento, inexperiência das enfermeiras,grosserias,xingamentos...Muita ignorância recebi naquele hospital por parte de alguns funcionários.Depois de tanto sofrimento,num parto "normal",que provavelmente deveria ter sido cesária, finalmente veio ao mundo meu primeiro filho.Eu nem pude vê-lo,mal escutei seu choro,tive uma hemorragia logo depois do nascimento.Escutei apenas o médico dizendo "Meu Deus esse sangue que não quer parar de espirrar"...Depois entrei num outro mundo,escutava vozes,senti meu corpo leve e deitada na maca,percebi que corriam apressadamente para me levar na UTI.Minha irmã a Miriam Ferreira Gonçalves,que também foi outro anjo em minha vida,estava comigo,tiraram meus brincos,colar e entregaram a ela...Foi quase uma despedida.Depois soube por relatos contados por ela,que eu estava tão pálida quanto ao lençol,e que ao despedir-se de mim,ela pegou em meus braços gelados e disse "tchau",com muita tristeza...
No quarto da UTI,eu escutava vozes em volta da minha cama,e avistava todos da minha família ali pertinho,olhando e falando baixinho para mim,como se eu estivesse dentro de um caixão,sendo velada.Eu pensava,meu Deus,até meus irmãos que moram longe estão aqui,eu devo estar morta.O olhar do meu pai era tão desesperador,os meus irmãos estavam tensos...Mas quando eu voltei ao meu estado normal,perguntei se algum deles estiveram em meu quarto na UTI,fiquei sabendo depois que ninguém esteve lá,apenas os enfermeiros eram permitidos entrar.A sensação de estar vendo todos e ouvindo os seus sussurros, era tão real...Eu tive sim uma experiência de quase morte,nunca contei publicamente essa história, mas agora eu senti que devia deixar por escrito.Talvez ajude algum dia, alguém, de uma certa forma...
E assim nasceu ele, tranquilo e sem traumas.


RENAN AUGUSTO COLINI GONÇALVES

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Minha culpa

A pior coisa que uma pessoa pode ter em sua vida,é um sentimento de culpa cravado em sua alma.Isso nada e nem ninguém poderá tirar.O nó na garganta existirá sempre lá,a dor de fazer alguém sofrer, estará sempre lá, juntinho com cada passo da sua caminhada.
Como é difícil saber que alguém sofre por sua culpa...Deus sabe o quanto sofro por isso!
Joguei uma vida no lixo,alimentei apenas os meus desejos,esqueci do resto.Devo viver com essa dor em meu peito para sempre.
Sou humana eu sei,errei como qualquer ser humano erra,meu castigo agora eu mesma estou me dando,com esse sentimento destruidor dentro de mim.
Quase cometi uma loucura...Mas graças a Deus tenho filhos que me amam,e por eles eu continuo aqui firme.
Um dia quando toda essa tormenta passar,mesmo que dentro de mim isso nunca irá morrer,estarei pronta para saber e aceitar qual será o meu destino.Seja ele de sofrimento ou não.Deus sabe o que eu mereço de fato.
Pensei que ser feliz era apenas fazer os outros felizes,por isso fiquei por 17 anos lutando contra um sentimento dentro de mim,que me fazia sentir menos mulher e mais mãezona,dona de casa,apenas preocupada com as coisas relacionadas ao lar.Esquecia de mim,não era vaidosa,não cuidava de mim,e nem gostava de sair de casa.Nunca queria receber visitas,odiava essa idéia.Mas após meus 40 anos,comecei a me enxergar como mulher,percebi que ali existia um corpo que necessitava viver.Comecei a me cuidar e me dar mais valor,me senti mulher e transmiti isso aos outros.Sim,quando nos sentimos felizes,isso transparece para quem está perto,e vc chama a atenção.Foi o que aconteceu.Nem preciso dizer mais nada.
Agora percebo que todos eram felizes quando eu não era.E agora redimir essa culpa,requer fazer tudo de novo,apagar essa nova Enise,e regredir ao passado...Esquecer de mim,para viver para os outros.
Viverei com esse dilema em minha vida,até que o meu tempo se acabe,e que de mim não reste mais esse brilho,apenas um olhar fosco e triste,destruído pela culpa...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Provérbio de botequim

Minha alma está sempre assim,quando não está no mais alto degrau da felicidade,está na mais baixa escala da profunda tristeza...
Queria poder ser equilibrada,como alguém me pediu um dia,mais impossível pra mim.
Estou sempre vagando num êxtase de vazio e medo,numa camada gelada de emoção escura,sombria...
Não sei quem eu sou,nem o que quero.
Sinto que sou uma sombra pesada embalando vidas que podiam ser felizes...Ou eu mesma sou coberta por essa sombra numa consumição pecadora!
O meu mundo poderia ser diferente se tudo fosse descoberto dentro de mim,se esse manto negro que insiste em estar sempre cobrindo minha alma,se esvair-se de uma vez,acabaria com tanta dor...
Ser poeta nessa hora pesa,é sofrido,é doído...
A alma sofre com tantos sinais de se estar perdida,num labirinto cruzado,onde não há saída,ou se há,é uma saída torta,pequena,sem vida.
Sim,eu sou assim...Um sentimento solitário perdido dentro de mim,um deserto sem água,e ao mesmo tempo uma floresta densa de vida!
Afinal,quem há de me entender?
Quem sofre os mesmos prantos?
Quem de nós sabe existir de verdade?

Minha sensação de paz sempre acaba no fim de cada sorriso...Nunca saberei se esse seria o último sorriso,o último suspiro de alegria...Não,nunca saberei...
Declaro o fim de uma total harmonia...Declaro o fim de tanta confiança nas almas próximas a minha...
Declaro o fim de um começo que nunca chegou até o fim...

Sim,esta sou eu...uma pessoa cheia de reticências,uma poesia cheia de indagações,um provérbio a ser declamado em uma mesa de botequim...

By Enise

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Poetisa das dores

Qual seria a explicação para as tristezas momentâneas...O que nos deixaria assim tão melancólicos de uma forma inesplicável?
Seria a alma adoecendo? Ou a falta de afago dela?
Estranho...
Hoje acordei assim,sem ter uma explicação se quer.
O vazio sorriu para mim hoje,me recebeu em seu colo e me embalou... Transcedeu  além dos meus sonhos...
Quero voar e sobressaltar o horizonte...Viajar com minha alma e vagar na paz que meu corpo anseia...

Sou poetisa da alma ferida,cantarolo uma canção sutil...Caminho no som triste da condição humana,condição de pesar sobre todas as mazelas do mundo...
Meu espírito sufoca em horas sangrentas... Sangue de medo,revolto,ameaçador...
É a dor...ela vem quando quer,e deixa a alma doente,quem me dera saber devolvê-la para o escuro,e com ele trazer o sol para a vida...

Sou poetisa das dores...dores presas e soltas,inaltecendo o juízo das palavras,ressoando no alvorescer das sensações...
Quem há de entender esses pesadelos?
Quem irá tirar esse tirano sofrimento com as mãos?

Se o mundo não entende os poetas,o que os poetas precisam para o saber!
Um saber encantado e enterrado aos olhos do mundo...

Sou poetisa das paródias

domingo, 30 de outubro de 2011

Desabafo

É engraçado como são as pessoas...
Quando são atingidas pelas mesmas coisas que um dia elas cometeram com os outros,parece que estão sendo vítimas de uma injustiça sem tamanho!
Mas estão sempre prontas a criticar os outros pela mesma indignação que sentem agora...É complicado entender...
Em redes sociais você tem as opções de excluir,ou bloquear as pessoas,quando elas não te agradam mais,ou quando simplesmente não se suportam mais.Aí nesse ponto eu me pergunto,por que as palavras perderam a razão,o sentido? Cadê aquela velha conversa,olho no olho? Aquele papo aberto para entender e a consertar tudo?Ou mesmo que seja para piorar tudo,mas vale a pena a tentativa...

Eu acho estranho...
Você conhece uma pessoa há quase 30 anos,eu disse conhece,pois isso não quer dizer que você saiba tudo sobre aquela pessoa,apenas conhece.Aí essa pessoa na primeira rusga que aparece,resolve te julgar por algumas palavras,e sem querer ter uma conversa direta,já vai te jogando fora da vida dela.Isso é amizade?
Onde em algumas horinhas de trocas de farpas,já se julga uma vida inteira?
Não isso não é amizade,não mesmo...
Olha eu tenho conhecido muitas pessoas no virtual e no real também,e posso ter a certeza que muitas dessas pessoas me querem muito melhor do que algumas que dizem me conhecer a tantos anos.Elas se importam comigo de verdade,não me julgam pelo meu jeito de ser,pelas minhas palavras,ou por meu modo de me expressar em algumas ocasiões.
Eu ganhei e perdi algumas pessoas nesses últimos meses.Essas que perdi,depois de muito pensar,refletir...Depois de muitos me falarem,definitivamente consegui entender que a gente não perde quem nunca tivemos,isso é fato!
Pois uma pessoa não se vai da sua vida assim,por nada,elas simplesmente nunca estiveram com você...

Não estou aqui querendo dizer que eu seja a melhor pessoa do mundo.Sim tenho milhões de defeitos!
Mas um defeito que eu sei que eu não tenho é a falsidade,portanto,nunca vou tolerar que me julguem dessa forma,e quando percebo isso acontecendo,já trato de cair fora dessa pessoa.

Aí vem essas pessoas que se diziam suas amigas,e te deletam,te bloqueiam...Tudo bem são só redes sociais,mas para que serve as redes? Se não para interagir principalmente com os amigos?
O que você pode pensar dessas pessoas? que elas gostavam de você? que sempre te quiseram bem?
Não mesmo...Eu só faço a mesma coisa,vou lá e bloqueio também,afinal,como eu já disse,também tenho meus defeitos,e um deles é não ter sangue de barata.
Minha sinceridade é mal interpretada sempre,mas vou continuar sempre com ela,doa a quem doer!
Já aguentei tanta coisa nessa vida sem nada falar,sem nada responder...Agora aprendi a falar o que quero a quem quero.Chega!!

Sou assim e quem gostar de mim seja bem vindo!
Quem não gostar a porta da saída estará sempre aberta para quem quiser sair...









terça-feira, 27 de setembro de 2011

Indagações...explicações...dúvidas...

Vc sabe o que é se sentir magoada?
Pois bem...sinto-me assim,sempre reflito isso em meus olhos e sentimentos.
Não gosto de sentir tudo com intensidade,queria relevar as coisas,mais sou muito complexa,inteira...Sinto tudo com muita emoção!
Sou sensível sim,apesar de me acharem fria,sem sentimentos...Sou capaz de sentir uma imensa tristeza e no mesmo instante estar numa alegria sem tamanho!
Talvez eu seja bipolar.
Algumas pessoas me acham dramática,exagerada,e até rancorosa...
É... julgar é muito fácil,difícil é se expor como eu me exponho,trazendo todos os sentimentos para fora,na hora errada,no momento errado.
Há como eu gostaria que me entendessem! Sei que é dificil,muitas vezes nem eu mesma consigo...
Assim como existem muitas pessoas que gostam de mim desse meu jeito,existe também muitos que não gostam,claro isso é sempre previsível,ninguém é obrigado a gostar de mim mesmo.Mas em certos momentos acabo por me perder em tantas indagações...
O que realmente eu sou?
Má ou boa?
Feliz ou infeliz?
Triste ou alegre?
Sensível ou durona?
Não sei...devo ter todos esses atributos em horas separadas,em momentos dispersos...
Muitas vezes as pessoas me vêem como elas querem me ver,me julgam como elas querem me imaginar,me escutam sem me escutar...
Sei que não sou uma pessoa fácil,mas sei também que não sou a mais difícil.
É fácil saber lidar com minhas inseguranças,basta querer,sem me julgar,sem me fazer parecer uma incomprensível,sem as amarras da insensatez...Sou uma espécie de medo sem razão,de coragem sem doação,de sentimentos confusos alienados aos ventos...As vezes sou razão,outras sou apenas uma menina assustada,confusa,procurando uma porta para a saída.Quero um mundo diferente!
Quero ser diferente...Quero a vida sempre batendo em meu rosto,quero a dor de se sentir a tristeza sem a sensação de estar sendo injustiçada,quero as sombras dos meus melhores sonhos sempre me definindo em cores...Quero sentir o vento nas colinas sem pensar em voltas,quero as cores do arco-íris refletindo em mim a melhor parte da minha luz!
Quero apenas ser eu mesma,sem precisar dar explicações...


Vou aprender a ser "eu"...