quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Corpo cansado




Nas voltas da rede, leve vento a entontecer...
Brisa vinda das árvores contorna a alma cansada
À beira do riacho lento, calmo em suas correntes fracas...
A paz vem só... Vem brilhar com força
Descansa na rede o corpo cansado no sossego da ventania
A morada é doce, o sereno é morno, vem tirar o amargo da vida,
Vem sofrer calado com o silencio
Ao passar um sopro lento o descanso permanece e o vento entristece...
Triste solidão, ele está só, a chuva vem compartilhar o silêncio
Vem espalhar suas lágrimas...
Chorar sem calar, o corpo na rede macia e o sopro do vento
traz a vontade de falar, mas ele está só...
A vida o fez assim e assim ele está...
Entre o vento, seu amigo, ele exalta sua força, mas o silencio está com ele...
Ele cala, não fala, está só...
Descansa seu corpo cansado...

                                                                     By Enise

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